Bahia registra mais de 2,3 mil mortes por pneumonia até julho de 2023, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado. Em 2022, foram registrados 4.009 óbitos pela mesma causa. A pneumonia se destaca como a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). A transmissão da doença pode ocorrer pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou durante mudanças bruscas de temperatura, especialmente no inverno.
A pneumologista Larissa Voss explica que a pneumonia pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou inalação de substâncias tóxicas. Tosse é um sintoma comum, e a doença pode progredir rapidamente, afetando os pulmões, que se enchem de pus e líquido. Os sintomas variam conforme a faixa etária, mas geralmente incluem febre, tosse, dificuldade para respirar e mal-estar.
Bebês, crianças pequenas e idosos são mais propensos a desenvolver quadros graves da pneumonia. A pneumologista destaca que crianças pequenas evoluem mais rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, enquanto idosos, devido ao sistema imunológico enfraquecido e comorbidades, também estão em risco.
Uma nova vacina, a Pneumo 15, foi disponibilizada na rede privada em outubro para combater a bactéria pneumococo, causadora da pneumonia. Recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina é indicada para crianças de 2 a 15 meses, com esquema vacinal em quatro doses. No entanto, a Pneumo 15 ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece a Pneumo 10 valente. A pneumologista destaca que a vacinação contra a pneumonia é indicada na infância e pode se estender a pessoas com doenças respiratórias. Pessoas acima de 60 anos também são recomendadas a se vacinarem para prevenir formas graves da doença.