O Exército e a Polícia Militar de São Paulo (PM – SP) uniram esforços nesta terça-feira (31) em uma operação conjunta na cidade de Guarulhos. O objetivo é encontrar as últimas quatro das 21 metralhadoras que foram furtadas em meados de setembro do Arsenal de Guerra em Barueri.
Nessa ação coordenada, as corporações estão cumprindo mandados de busca e apreensão em residências suspeitas que podem ter abrigado o armamento desviado. Até o momento em que esta reportagem foi publicada, 17 militares foram detidos como medida disciplinar, enquanto sete militares com patentes de soldado, cabo, sargento e tenente estão sob investigação por suspeita de envolvimento direto no furto.
Entre os envolvidos, um cabo é suspeito de ter utilizado um veículo oficial pertencente ao então diretor do Arsenal de Guerra para transportar as metralhadoras do depósito de armas. Na última sexta-feira (27), ele apresentou um atestado psiquiátrico para justificar sua ausência no quartel.
As outras 17 metralhadoras já foram recuperadas graças a operações conjuntas do Exército com as polícias do Rio de Janeiro e São Paulo. As autoridades informaram que as armas foram retiradas do quartel por militares, sendo que seis deles são investigados por suspeita de envolvimento direto no furto e subsequente negociação com facções criminosas.
De acordo com o Instituto Sou da Paz, esse roubo representa o maior desvio de armas registrado no Exército brasileiro desde 2009, quando sete fuzis foram roubados em um batalhão em Caçapava, no interior de São Paulo. O Exército esclareceu que as metralhadoras furtadas foram fabricadas entre 1960 e 1990, sendo consideradas “inservíveis” devido a seu estado de conservação.
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