Na manhã desta quinta-feira (5), a Polícia Federal, com o suporte do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), deu início à Operação Voo Livre II. A ação busca cumprir um mandado judicial relacionado ao tráfico de animais na Bahia.
Esse trabalho é um desdobramento da Operação Voo Livre, que já havia realizado, com apoio da COPPA/PM, o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em criadouros clandestinos de aves silvestres e exóticas. As ações foram autorizadas pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia.
As investigações revelaram uma rede criminosa de comerciantes que negociavam aves ilegais, incluindo espécies silvestres e exóticas, muitas delas de reprodução difícil em cativeiro, como Araras e Tucanos. Há indícios de que esses animais, frequentemente retirados ainda filhotes da natureza, eram criados e revendidos com sinais de anilhamento.
Nesta etapa da operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um criador de aves, onde foram avaliados documentos relativos aos animais e apreendidos exemplares em situação irregular.
O tráfico de animais silvestres é apontado como uma ameaça séria à biodiversidade, causando desequilíbrios ambientais que podem levar à extinção de espécies. A criação de animais silvestres só é permitida quando os exemplares são adquiridos de criadores comerciais devidamente registrados no IBAMA e autorizados pelo Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).
Os envolvidos no comércio ilegal podem ser responsabilizados por crimes como tráfico de animais, maus-tratos, associação criminosa, receptação e falsificação de documentos ou selos.
