A nova paralisação anunciada pelo Sindicato dos Rodoviários da Bahia para esta sexta-feira (2) na Rótula do Abacaxi expõe uma atitude irreflexiva e prejudicial por parte da categoria. A promessa de uma manifestação “ordeira” e “pacífica” não esconde o impacto devastador que essa paralisação terá sobre os cidadãos de Salvador, que enfrentam mais uma vez a falta de transporte público.
O sindicato justifica a mobilização com a insatisfação em relação à venda do terreno Pirajá I e à necessidade de resolver o pagamento das rescisões dos trabalhadores. No entanto, recorrer a uma paralisação que afeta diretamente a mobilidade urbana demonstra uma falta de sensibilidade com a realidade dos usuários do transporte público. A população, que já lida com uma crise de transporte, será novamente punida por um protesto que ignora as consequências para a vida cotidiana.
Na sexta-feira passada (26), o bloqueio de uma das principais vias da Estação da Lapa pelos rodoviários causou um caos significativo. A interdição não apenas impediu o acesso ao terminal, mas também afetou o funcionamento dos pontos essenciais do BRT Salvador, forçando um desvio dos ônibus e criando uma série de transtornos para aqueles que dependem do transporte para suas atividades diárias.
Essa atitude do sindicato não só desconsidera a necessidade urgente de uma solução negociada e racional para os problemas enfrentados pelos trabalhadores, como também revela uma insensibilidade ao sofrimento da população. A Prefeitura de Salvador já se manifestou contra o bloqueio, destacando a falta de respeito pela rotina dos cidadãos que são os mais atingidos por tais paralisações.
Os rodoviários e seus representantes precisam buscar alternativas mais eficazes e menos prejudiciais para resolver suas questões. A população tem o direito a um transporte público eficiente e confiável, e não merece ser sacrificada em nome de protestos que ignoram o impacto real sobre suas vidas. As autoridades devem agir com urgência para mediar uma solução que atenda às necessidades dos trabalhadores sem comprometer a mobilidade urbana e o bem-estar dos cidadãos.