A Polícia Federal (PF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciaram hoje a Operação Minuano, visando desmantelar um grupo suspeito de fraudar fundos de investimento, causando prejuízos a Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) em vários estados.
Mais de 100 agentes federais estão realizando 27 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Portão e Canela, no Rio Grande do Sul; Cambé e Londrina, no Paraná; e São Paulo e Rio de Janeiro.
Estão sendo implementadas medidas cautelares, como a suspensão de atividades financeiras, bem como o bloqueio de contas e ativos que totalizam R$ 451 milhões. Esse valor é indicado pela PF como correspondente ao prejuízo estimado causado pelos infratores aos RPPS.
A investigação teve origem na Operação Gatekeepers (2018) e apontou que o grupo criminoso captou e desviou R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em diversos estados. A PF também identificou pagamentos indevidos a dirigentes dos RPPS por meio de consultorias ligadas ao grupo.
Se as suspeitas forem confirmadas, os responsáveis enfrentarão acusações que incluem gestão fraudulenta e temerária, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. As penas acumuladas podem ultrapassar 40 anos de prisão.