Os consumidores da Região Metropolitana de Salvador (RMS) precisarão gastar um pouco a mais caso queiram comprar algum item tradicional para o Dia dos Pais, que neste ano será comemorado no dia 13 de agosto. De acordo com o levantamento da Fecomércio-BA, com base nas informações do IPCA-15, do IBGE, a inflação da cesta de produtos para o Dia dos Pais neste ano cresce 6,70%, mais que o dobro do aumento médio geral da região, de 3,01%, no acumulado em 12 meses.
Dos 15 itens selecionados pela Entidade, 10 estão com aumento anual, com destaque para os produtos de vestuário e calçados. A maior variação em um ano foi de sapato masculino, com 16,8%. Nesse segmento, tênis apresentou alta de 12,29%, bermuda quase 9% e sandália, 7,99%.
Em contrapartida, o setor de eletroeletrônicos tem contribuído para amenizar a inflação do Dia dos Pais. Em um ano, os televisores, por exemplo, tiveram queda média na região de 17,97%, e o computador pessoal retraiu 8,52%.
Apesar dos preços estarem subindo, em média, mais que a inflação oficial, a capacidade de consumo das famílias está melhor do que há um ano, com maior poder de compra. De acordo com pesquisa, o índice de Intenção de Consumo das Famílias – ICF registrou aumento anual de 22,2%, e o atual patamar do indicador, de 106,4 pontos em julho, é o mais elevado em 8 anos. Esse cenário é possível diante do mercado de trabalho mais aquecido, maior disponibilidade de renda e preços mais acessíveis em relação ao ano passado.
Além disso, os principais itens para presente, como vestuário e calçados, têm valores relativamente mais baixos, diminuindo a necessidade de crédito e comprometimento da renda no longo prazo. Com o aumento no poder de compra, fica mais fácil a compra de roupas e calçados.
Tecnicamente, é limitado fazer projeção de vendas para o Dia dos Pais, pois não há uma sazonalidade clara, por exemplo, no setor de vestuário. Em alguns casos na série histórica, as vendas de agosto são menores do que as de julho. Diferentemente do que ocorre entre novembro e dezembro com o Natal.
De qualquer forma, as condições econômicas das famílias e preços relativamente menos pressionados apontam para um cenário favorável para o comércio neste ano em relação a 2022, podendo levar ao incremento no faturamento no período.