O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), está realizando consultas junto a representantes do setor privado para avaliar as possíveis consequências da taxação das grandes fortunas. De acordo com informações obtidas pelo Estadão, a intenção é analisar o potencial aumento na arrecadação governamental em contraposição ao risco de fuga de investimentos no Brasil.
Além disso, Lira busca evitar que as decisões do Congresso Nacional sejam interpretadas como favorecimento aos mais abastados ou como manobras de autopreservação. Uma vez que muitos parlamentares se encontram nessa categoria ou possuem conexões com indivíduos sujeitos à taxação, ele passou a defender a necessidade de uma reforma administrativa. Essa medida visa reforçar a percepção de que cortes de privilégios estão sendo implementados em diversas esferas, incluindo a classe política.
Lira afirmou na semana passada: “A única maneira de controlar os gastos é através da reforma administrativa. Apesar de gerar certa preocupação em algumas pessoas, a reforma está pronta. Com apoio tanto do empresariado, que contribui para a geração de emprego e renda, o governo inevitavelmente se verá envolvido nesse debate até o final do ano.”
