No meio das críticas da esquerda em relação à postura conservadora de Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que os votos dos ministros da Corte se tornem sigilosos.
“Não é necessário que a sociedade saiba como um ministro do Supremo Corte vota. Acredito que eles devem votar sem que ninguém saiba. Se a maioria votou cinco a quatro, quatro a cinco, seis a quatro, três a dois, não há necessidade de divulgar quem votou como. Evitaria que as pessoas fiquem com raiva quando perdem e felizes quando ganham”, afirmou o chefe do Executivo durante o programa “Conversa com o Presidente”, referindo-se ao jornalista Marcos Uchôa, que conduziu a entrevista, e ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que participou como convidado.
Lula também expressou preocupação quanto à animosidade crescente no país e argumentou que o sigilo dos votos poderia proporcionar maior segurança aos magistrados. “Assim, poderíamos evitar que um ministro do Supremo Corte não possa mais sair na rua ou passear com sua família devido à insatisfação de alguém com uma de suas decisões.”
A indicação de Zanin ao STF por parte do presidente Lula gerou indignação entre os membros da esquerda, devido aos seus votos alinhados com pautas conservadoras. Zanin se posicionou contrariamente à equiparação de ofensas à comunidade LGBTQIA+ com injúria racial e à descriminalização da maconha para uso pessoal.