O projeto que explora a possibilidade de construir um túnel conectando o Campo da Pólvora ao bairro do Comércio, em Salvador, está passando por ajustes, atendendo aos pedidos do prefeito Bruno Reis. Embora finalizado em novembro, o projeto ganhou um aditivo, concedendo à empresa responsável mais 60 dias para incorporar novos detalhes, conforme recomendações do prefeito.
O secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Luiz Carlos, explicou que a extensão do prazo visa atender às novas orientações do prefeito, destacando a complexidade do projeto, que envolve uma escavação de quase 1 km, atingindo 52 metros de profundidade em um sítio histórico sensível.
Apesar do encaminhamento do projeto, a concretização da obra depende de diversos fatores, segundo Luiz Carlos. Ele ressaltou que a empresa precisa cumprir com as entregas, e o projeto desafiador requer cuidados especiais devido à sensibilidade da região histórica.
O projeto, desenvolvido em parceria com instituições como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passou por ajustes, incluindo a mudança de local da estação devido a restrições do Iphan. O processo para executar a obra é descrito como “lento”, e em caso de avanço, intervenções seriam feitas com “micro explosões” para minimizar impactos na região frágil.
A proposta de construir um túnel subterrâneo de quase 1 km no Centro de Salvador foi iniciada no primeiro semestre de 2023. A prefeitura fechou contrato com a Sanehatem Consultoria e Projetos em março para elaborar o projeto, visando conectar o Campo da Pólvora ao bairro do Comércio. O objetivo é integrar essa região ao metrô de Salvador, abrangendo pontos como o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo.
O projeto da Sanehatem prevê a construção de um edifício de apoio na saída do túnel no bairro do Comércio, que abrigará cafeterias, sanitários acessíveis, lojas e uma área administrativa. Esse local servirá como a entrada de um “boulevard”, uma área de trânsito preferencial de pedestres, com travessias elevadas para garantir a segurança dos transeuntes, semelhante às “ramblas” de Barcelona.