Diversas organizações ligadas à indústria brasileira enfatizaram os benefícios da reforma tributária aprovada pela Câmara nesta sexta-feira (15).
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, expressou que a alteração no sistema tributário representa uma conquista significativa após mais de 30 anos de espera. Ele destacou que a mudança contribuirá para o crescimento do Brasil, especialmente em um momento crucial de discussão sobre a promoção da neoindustrialização na economia do país.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) acredita que o país alcançará um sistema tributário mais moderno, transparente e alinhado às práticas internacionais, simplificando a vida dos que geram emprego e renda. A entidade ressaltou dois pontos do texto aprovado: a trava contra o aumento da carga tributária e a previsão de revisão das exceções a cada cinco anos, considerando a aprovação da reforma como um marco e uma vitória para a sociedade brasileira.
A Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) considera a reforma tributária como um marco histórico para o país, permitindo caminhar em direção a um Brasil mais competitivo, próspero e socialmente justo. Apesar de reconhecer que poderia ter sido melhor, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, destaca que a medida aprovada é superior ao complexo sistema tributário atual, tornando os impostos mais transparentes e incentivando a sociedade a ficar mais atenta às despesas públicas.
No entanto, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) expressou preocupações, afirmando que a reforma trará incertezas para a economia já a partir de 2024. A entidade ressalta que, apesar de aprovada, a nova legislação ainda não está totalmente pronta e não oferece garantias quanto à simplificação da estrutura arrecadatória brasileira, prevendo um aumento imediato da judicialização devido à elevação da insegurança jurídica nos procedimentos tributários de empresas e contribuintes.