A demissão de Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal, ocorrida nesta quarta-feira (25), é mais um exemplo de um crescente padrão de mulheres sendo afastadas de cargos de alto escalão desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O desligamento de Serrano coincide com o lançamento, por parte do governo federal, da iniciativa “Brasil sem Misoginia,” em um evento com a presença de ministros, ministras e da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja. No entanto, tanto Janja como as ministras preferiram não comentar a queda no número de mulheres no governo, especialmente após a demissão de Serrano.
Embora a presidência da Caixa Econômica Federal não seja um ministério, o papel de liderança em bancos estatais é equiparado em termos de poder, especialmente devido à sua abrangência. A substituição de Serrano pelo economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é interpretada como uma manobra de Lula para acomodar indicações do centrão, levantando preocupações sobre a igualdade de gênero no alto escalão do governo.