Foto: Lucas Moura/Secom PMS
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador celebra 18 anos neste mês de julho, representando uma trajetória marcada por inúmeras histórias de vida salvas. Ao longo dessas quase duas décadas, mais de dois milhões de atendimentos foram prestados à população soteropolitana, oferecendo suporte rápido e os primeiros-socorros em situações graves, como infartos do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e acidentes automobilísticos.
Vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Samu desempenha um papel fundamental na cidade, garantindo que milhares de pessoas sejam socorridas diariamente em diversos pontos da capital baiana, suas ilhas e a Região Metropolitana de Salvador (RMS). Aqueles que já utilizaram esse serviço, independentemente da gravidade da ocorrência, conhecem a importância vital do trabalho realizado ao longo dos anos.
Carina Ferreira, de 43 anos, vivenciou a eficácia do Samu após se envolver em um acidente na Alameda Catânia, no Itaigara, que resultou em ferimentos aos passageiros de uma motocicleta atingida por seu veículo. “A moça que vinha no carona quebrou a perna e graças ao atendimento do Samu foi logo levada ao hospital para receber atendimento. Na hora fiquei bem desesperada com a senhora ali no chão, mas eles chegaram rápido e logo deram todo suporte necessário”, relembra.
Atualmente, o Samu dispõe de 12 bases e cinco pontos de apoio estrategicamente distribuídos pela capital baiana, além de contar com uma frota composta por 62 ambulâncias, entre básicas e avançadas, oito motolâncias, duas ambulanchas e um helicóptero em parceria com o Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar.
Com mais de mil profissionais dedicados ao salvamento de vidas, desde os atendentes das ligações de emergência 192, passando pelos médicos que fornecem as primeiras orientações até os motoristas que conduzem as ambulâncias, o Samu se destaca pela eficiência de resposta, levando apenas cerca de 15 minutos para chegar aos locais das ocorrências.
Graças à prontidão do Samu, Maria Gislane Reinaldo, moradora do Conjunto Colinas de Pituaçu, em São Marcos, de 59 anos, recebeu o atendimento necessário em sua própria residência, evitando a necessidade de ser levada ao hospital. Há oito meses, ela teve um mal-estar e estava sozinha em casa. Com a vista escura e sensação de desmaio, ligou para os filhos e pediu ajuda. Enquanto seus filhos se deslocavam para socorrê-la, eles acionaram o serviço por meio do 192.
“Fui muito bem assistida, chegaram praticamente junto com meus filhos, foi bem rápido. Fizeram os exames necessários e me tranquilizaram porque estava muito nervosa. Foi uma perfeição de atendimento”, elogia Maria.
O médico e coordenador do Samu, Ivan Paiva, enfatiza a importância dos primeiros socorros e explica como o serviço funciona. “O atendimento inicial às vezes é decisivo para a vida de alguém. Nos casos de infarto, por exemplo, a gente sabe que um percentual de 30% dos pacientes não chega em qualquer hospital, e em torno de 50% morre na primeira hora, então a garantia de um atendimento ágil e eficaz por uma equipe capacitada é fundamental”, ressalta.
Paiva destaca que o Samu atende diversos casos, desde acidentes e atropelamentos de carro até situações de trânsito com moto, afogamentos e mulheres em trabalho de parto, mantendo o foco na estabilização do quadro e encaminhamento para unidades médicas. A avaliação inicial fornecida pelas equipes do Samu é crucial para o encaminhamento adequado do paciente, sendo decisiva em diversas situações de emergência.
Nesses quase 20 anos de atuação, o Samu Salvador continua sendo um pilar essencial no socorro à população, salvando vidas e proporcionando assistência crucial em momentos críticos. Seu comprometimento e prontidão continuam a fazer a diferença na vida dos soteropolitanos.