Foto: Divulgação
A escolha do senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da reforma tributária pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (11), causou grande controvérsia e levantou preocupações sobre o rumo que o processo de reforma tributária está tomando.
Braga desbancou Otto Alencar (PSD-BA), outro nome cotado para a relatoria do projeto. Essa decisão não foi bem recebida por muitos, que acreditavam que Alencar seria uma escolha mais adequada, considerando sua experiência e conhecimento na área tributária. A confirmação de Braga veio após uma reunião entre Pacheco e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, o que gerou ainda mais questionamentos sobre possíveis acordos políticos envolvidos nessa decisão.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária foi aprovada na última sexta-feira (7) na Câmara dos Deputados, e agora o governo está empenhado em acelerar sua tramitação no Senado. No entanto, a escolha de Braga como relator levanta dúvidas sobre a imparcialidade e a capacidade do senador em lidar com as complexidades desse projeto crucial.
Antes de chegar ao plenário, a PEC precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Embora Pacheco já tenha sinalizado que o texto deve passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) apenas para debates, sem votação, essa decisão também gerou críticas, já que o debate no âmbito da CAE poderia enriquecer a discussão e levar a uma reforma tributária mais sólida e equilibrada.
Em um momento em que o país busca soluções para sua complexa estrutura tributária, a escolha de Eduardo Braga como relator da reforma tributária levanta sérias dúvidas sobre a seriedade e o compromisso do governo com uma reforma eficaz e justa. Os cidadãos e especialistas estão atentos aos desdobramentos dessa decisão e esperam que o Senado cumpra seu papel de garantir um processo transparente e uma reforma tributária que beneficie a todos os brasileiros.