Na terça-feira (20), a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) tomou uma medida drástica em resposta à fuga de dois presos de alta periculosidade do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Os responsáveis pelas áreas de segurança, inteligência e administração foram afastados de suas funções temporariamente, em uma decisão classificada como cautelar pela Senappen. Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “Tatu”, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de “Deisinho”, ambos ligados ao Comando Vermelho, escaparam da prisão em 14 de fevereiro, lançando um desafio às autoridades e desencadeando uma intensa operação de busca.
Enquanto as investigações sobre a fuga estão em andamento, os funcionários afastados continuarão a trabalhar no presídio, porém, não mais ocupando cargos de comando. Autoridades competentes estão apurando as circunstâncias do incidente e possíveis responsabilidades envolvidas. Uma semana após o ocorrido, os fugitivos permanecem foragidos, alimentando a preocupação das autoridades e da população local.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou no domingo (18) um contingente de aproximadamente 500 agentes das forças de segurança federais e estaduais mobilizados nas buscas pelos fugitivos. A gravidade da situação levou o ministro a autorizar, na segunda-feira (19), o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para reforçar a equipe empenhada na recaptura dos detentos.
Logo após a fuga, Lewandowski determinou a substituição do diretor da penitenciária de Mossoró, nomeando interinamente o policial federal Carlos Luis Vieira Pires, com experiência na movimentação de presos em Brasília. Além disso, como medida emergencial, o ministro suspendeu visitas e banhos de sol no presídio, enquanto ordenava uma revisão completa dos equipamentos e protocolos de segurança não só em Mossoró, mas também nas demais penitenciárias federais do país.
Diante do incidente, o ministério planeja a adoção de medidas mais robustas, como a construção de muralhas adicionais e a implementação de sistemas avançados de videomonitoramento com reconhecimento facial, visando evitar fugas e aumentar a segurança nas unidades prisionais federais.