Trabalho por aplicativo cresce 1,7% no Brasil

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No término de 2022, o Brasil registrava um contingente de 7,4 milhões de cidadãos engajados no teletrabalho em todo o país. Além disso, cerca de 1,5 milhão de indivíduos estavam ativos no âmbito das plataformas digitais e aplicativos de prestação de serviços. Essas informações foram reveladas nesta manhã de quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao apresentar os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

De acordo com o IBGE, a parcela de pessoas exercendo o teletrabalho representa 7,7% do total de brasileiros empregados que não se encontravam afastados do trabalho, um número que totaliza 96,7 milhões de trabalhadores. Enquanto isso, a quantidade de pessoas envolvidas nas atividades das plataformas digitais e aplicativos de serviços equivale a 1,7% da população ocupada no setor privado.

Entre as cerca de 1,5 milhão de indivíduos trabalhando por meio de plataformas digitais, 52,2% (ou 778 mil) realizavam suas atividades principais através de aplicativos de transporte de passageiros, seja por meio de táxis ou outros meios. Além disso, 39,5% (ou 589 mil) atuavam como entregadores de comida, produtos, e afins, enquanto 13,2% (ou 197 mil) estavam envolvidos em serviços prestados através de aplicativos.

Com relação aos dados sobre teletrabalho, o IBGE ressalta que a pesquisa se baseou na classificação estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o trabalho remoto. Nessa modalidade, o trabalho é realizado em um local alternativo, que pode ser o domicílio ou outro lugar, com a utilização de tecnologia da informação e comunicação (TIC), como computadores, telefones e tablets, para a realização das tarefas profissionais.

Seguindo a classificação da OIT, o IBGE estima que 9,5 milhões de pessoas estavam envolvidas em trabalho remoto até o final de 2022, o que corresponde a 9,8% do total de empregados que não estavam afastados do trabalho. Esses números revelam que havia 2,1 milhões de pessoas envolvidas em trabalho remoto, mas que não estavam em teletrabalho, pois não faziam uso de equipamentos de TIC para realizar suas tarefas laborais. Assim, chega-se à conclusão de que, até o final de 2022, 7,4 milhões de pessoas estavam trabalhando em regime de teletrabalho no Brasil.

No relatório sobre teletrabalho, o IBGE observou que, dentro do universo de teletrabalhadores, a maioria era do sexo masculino (51,2%), enquanto 48,8% eram do sexo feminino. Aproximadamente metade dos teletrabalhadores (49,6%) tinha entre 25 e 39 anos, e 35,4% estavam na faixa etária de 40 a 59 anos. Somados, esses grupos correspondiam a 85,0% do total. A maioria esmagadora (63,3%) dos teletrabalhadores que utilizavam equipamentos de TIC era de etnia branca, enquanto a proporção de afrodescendentes e pardos era bem menor, com 7,7% e 27,1%, respectivamente.

Em relação à distribuição geográfica dos trabalhadores de aplicativos de transporte particular de passageiros (excluindo táxis), a região Norte se destacou com a maior proporção, representando 61,2% dos envolvidos, um aumento de 14% em relação à média nacional. A região também apresentou a menor proporção de trabalhadores envolvidos em aplicativos de serviços gerais ou profissionais, com apenas 5,6%, menos da metade da média nacional. Por outro lado, os aplicativos desse tipo estavam concentrados no Sudeste, com 61,4% do total de trabalhadores que utilizavam essas plataformas.

Conforme o IBGE, a maioria dos trabalhadores nas plataformas digitais eram do sexo masculino (81,3%), em uma proporção significativamente maior do que a média geral dos trabalhadores do setor privado (59,1%). O grupo etário de 25 a 39 anos compunha quase a metade (48,4%) das pessoas envolvidas em trabalhos através de plataformas digitais.

A pesquisa também revelou que cerca de 77,1% dos trabalhadores nas plataformas eram trabalhadores autônomos, em comparação com 29,2% dos não envolvidos nas plataformas. Entre as categorias de atividade, 67,3% dos trabalhadores nas plataformas atuavam em Transporte, armazenagem e correio, e 16,7% em Alojamento e alimentação.

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