WhatsApp: fazendeiros organizam invasão de terra indígena e matam indígena

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O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) afirmou que o incidente que resultou na morte de Maria Fátima Muniz de Andrade, indígena em Potiraguá, no Médio Sudoeste baiano, foi organizado por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, em um grupo chamado “Invasão Zero”. As mensagens foram enviadas a aproximadamente 200 fazendeiros.

De acordo com o MPI, a mobilização ocorreu na Fazenda Inhuma, área ocupada pelos indígenas desde o último sábado, considerada como ocupação tradicional pelos Pataxó Hã Hã Hãe. No domingo, fazendeiros e comerciantes cercaram a área com várias caminhonetes, tentando recuperar a propriedade sem uma decisão judicial.

Segundo informações do G1, os fazendeiros convocaram a mobilização via WhatsApp, destacando a urgência da reintegração da propriedade. Eles também marcaram o Rio Pardo, na entrada de Pau Brasil, na Costa do Descobrimento, como ponto de encontro. Durante a ação, dois fazendeiros foram presos, sendo um deles responsável pelo disparo que resultou na morte de Maria Fátima Muniz de Andrade e feriu o cacique Nailton Muniz Pataxó.

Um indígena portando uma arma artesanal também foi detido. A Polícia Militar relatou que um fazendeiro foi ferido com uma flechada no braço, mas está em condição estável. Pelo menos outras sete pessoas ficaram feridas, incluindo uma mulher com o braço quebrado. Os feridos foram hospitalizados, mas não correm risco de morte.

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